Os Improváveis
Que o
Senhor possa a cada dia acrescentar no chamado de cada um de vocês. Quero
compartilhar um texto que li no blog da Cia Mudança, a Cia que acompanha o
Diante do Trono, texto esse escrito pela Isa Coimbra, uma de suas filhas que
acompanha sua mãe, Isabel Coimbra desde cedo no ministério.
No livro de João capítulo quatro, é
narrada a história da mulher samaritana. Provavelmente você já leu este texto
inúmeras vezes, mas quero analisá-lo concomitantemente com a palavra
“improvável”.
Na nossa labuta pela santidade, em algum momento começamos achar que na medida
em que nos aproximamos de Deus nos tornamos mais merecedores do amor e da
bondade Dele. Pensamos que se formos mais merecedores receberemos mais, afinal
de contas “tenho discípulos na igreja, participo de um ministério, acordo cedo
para orar, tenho negado muitas vontades próprias…” e tantos outros argumentos
que nos fazem achar que é só dessa maneira que atraímos os olhos de Deus.
Creio que dentro desse cenário, podemos nos sentir muitas vezes cingidos por um
jugo muito pesado, pois a “obrigatoriedade de ser e fazer alguma coisa” para
Deus ou que Ele aprove, estão associadas a uma troca de favores, de maneira que
quando erramos nos parece que todos os planos de Deus escorrem junto. É como se
Deus nos castigasse, passasse a nos amar menos ou algo parecido a cada momento
que falhamos.
Contudo, a história da mulher samaritana, nos relata um amor incondicional de
Deus para com qualquer um, isto é, até mesmo para com aqueles que provavelmente
muitos de nós não consideraríamos merecedores do amor do Pai; os improváveis.
O texto citado nos conta que a mulher samaritana já havia se casado por
inúmeras vezes e naquele momento era praticante de uma união fora do casamento,
ou seja, uma união estável, visto que Jesus ao conversar com ela fala sobre um
homem com o qual ela vivia, mas que não era seu esposo.
Jesus passava por Samaria e Ele sabia exatamente porque passava por ali e quem
Ele encontraria. Jesus foi ao seu encontro. Ao encontro daquela que para muitos
de nós não seria merecedora de atenção; uma improvável. E, pacientemente Ele
lhe estendeu a não e lhe ofereceu a “vida”.
Reflito neste texto pensando que se por algum motivo Deus se aproximou de mim,
não é porque lhe ofereço algo, mas tão somente pelo simples fato do Seu amor
não depender de nada que eu faça. O que também me faz refletir, que assim como
a Samaritana, também sou improvável. Ele escolheu a mim.
Tal pensamento é demasiadamente libertador e mais uma vez me convence da
tamanha soberania e misericórdia de Deus.
O diabo insiste em tentar imprimir em nossas mentes uma relação de prestação de
serviço ou de vínculo “empregatício”, o que deturpa o sentido da verdadeira
relação entre nós e Deus, que é a de filiação; de pai e de filho.
O amor de Deus excede todo entendimento, e quando entendemos isso, passamos a
viver a graça de Deus. Fazemos o que fazemos não porque precisamos ou para que
Deus não nos castigue. Passamos a fazer sem pressão ou sem ameaça, mas
simplesmente por gratidão, amor e adoração.
“Dançar não para os outros, dançar
não para me redimir, dançar não porque devo, dançar não porque posso e sei,
dançar porque sou amada e livre”
Isa Coimbra
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